O Bitcoin enfrenta uma correção significativa nos últimos dias, com uma queda de 3,29% nas últimas 24 horas e de 15% na última semana. Após atingir um recorde de US$73.650 em 14 de março, a principal criptomoeda caiu para cerca de US$61.000, uma desvalorização de mais de 17%.
Essa correção começou logo após o registro do novo recorde e inicialmente foi atribuída à realização de lucros pelos investidores. No entanto, foi intensificada com a divulgação de dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) dos Estados Unidos, que superaram as expectativas, levantando especulações sobre uma possível postura mais restritiva do Federal Reserve (Fed).
A queda foi amplificada por “long squeezes” (pressão para fechar posições compradas), resultando em chamadas de margem sequenciais em um mercado com alta alavancagem. Apesar das entradas recordes de recursos na semana anterior, houve uma diminuição nos fluxos para os fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin, adicionando pressão de venda à criptomoeda.
Os investidores agora estão atentos à reunião do Fed desta quarta-feira, esperando por sinais sobre futuras ações do banco central. Se as declarações de Jerome Powell, presidente do Fed, e as projeções do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicarem uma probabilidade menor de redução das taxas de juros em junho, o bitcoin e outras criptomoedas podem enfrentar mais quedas.
Do ponto de vista técnico, a tendência ascendente do bitcoin está enfraquecendo, com o suporte mais próximo em US$60.000. Uma retomada do movimento de alta exigiria ultrapassar os US$65.000, mas uma consolidação parece ser o cenário mais provável antes da reunião do Fed.
Enquanto isso, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, está avançando no mercado de criptomoedas, lançando um fundo de private equity tokenizado em parceria com a Securitize. Este fundo, voltado para investidores qualificados, tem um investimento mínimo de US$100.000 e comissões de vendas estimadas em US$525.000. A BlackRock, com ativos sob gestão totalizando US$9 trilhões, continua a consolidar sua posição como uma das maiores gestoras de ativos do mundo.